24 de junho de 2011

Sobre caminhos longos e coisas do gênero

Naquela tarde eu sabia que você iria embora. Aliás, logo quando acordei e te vi ali, ao meu lado, sabia que a partida estava próxima. O coração aperta no momento de dizer “tchau” e eu nunca soube lidar com despedidas.
O tempo passou tão rápido naquele domingo. Bom, é natural que o tempo passe sem que eu perceba quando estou com você. Mas naquele domingo o sol resolveu se por mais cedo.
E quando as 16 horas já se aproximavam, a realidade foi tomando conta do meu sonho que estava chegando no fim. Você iria embora e eu não poderia evitar que isso acontecesse. Mas eu poderia retardar o acontecimento. E foi o que eu fiz.
Tomei o caminho mais longo para te levar. Demoramos mais a chegar, mas você se foi da mesma forma. O coração apertou e o fim da tarde se foi com você. E assim, naquele domingo melancólico, eu chorei ao te ver partir.
E em todos os nossos encontros, tomarei o caminho mais longo no momento da despedida. A ilusão de ter você comigo nem que seja por uns segundos a mais me conforta e acalma.


Passos lentos.
Em silêncio.
Mãos dadas.
Pele na pele.
Respiração ofegante.
Lágrimas caem.
Uma palavra:
Saudade. 

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