28 de maio de 2010

Sobre moradores de rua

A noite escura e fria chegou
E eles não se assustam com isso
Pegam os seus cobertores e agasalham-se
Espalham-se
Maltratados pelas sombras da sociedade
Mal vistos pela hipocrisia do cotidiano
São inofensivos
São humanos
São pensantes
Escondem seu passado nas sarjetas
Nas ruas imundas
Dormem pensando no pão de amanhã
Acordam pensando se sobreviverão
Mais um dia
Mais uma semana
Mais um mês
Mais pra quê?
A felicidade em cada centavo
Mendigando, implorando
Vivendo e aprendendo a viver
Na rua.

*escrito em 28/05/2010

27 de maio de 2010

Metamorfose transformada em padrão
O diferente virou rotina
O estranho virou moda
É fácil ser aceito
Difícil é ser normal
No mundo imperfeito
Tudo torna-se igual
Rimas mal feitas
Poesia de porta de bar
A normalidade exótica
Toma conta da rotina
É a metamorfose que se tranforma em padrão
É a televisão que muda sua opinião
Esse é o diálogo que toma conta da nação


*escrito em 27/05/2010
A poesia pura e polida
Pragmática pensante
Politeísa e pentagonal
Problema, emblema
Perigo, castigo
Ponderação
Privilégios
A poesia pura e polida

*escrito em 27/05/2010
Exótico e diferente
Os olhares, os toques
Os segredos vão sendo desvendados
Aos poucos, descobrindo
É veneno com desejo
É pecado com prazer
É impossível de acontecer

*escrito em 27/05/2010