24 de novembro de 2011

Lua

Linhas ingratas que guiam pensamentos bagunçados
A madrugada inspira o eu-lírico 
Eu não devia estar aqui, mas não consigo não estar
"Não" é negação, mas também pode ser simplesmente um orgulho bobo 
Que muitas vezes incomoda uns e outros


Viajo a um paraíso com a incerteza de retorno 
Vou, fico, não durmo, não acordo. 
Não vivo, não sinto, não cheiro, não quero. 
Não vejo, não olho, não ouço nem escuto. 


Abstraio-me subjetivamente calada
O pensamento já não é mais o mesmo
Os versos diminuem
As palavras também
Silêncio, é tudo o que preciso. 


Acordo. Olho ao meu redor. 
Tum-tum-tum-tum
O que é isso? 
- Um coração disparado querendo viver
"Oh, céus, deixe-o sair!"


Vá viver, coração. Saia, inspire-se, mas volte
Volte, pois preciso de você dentro de mim. 
Dentro deste corpo que só sente quando você pulsa
Tum-tum-tum-tum


Madrugada a dentro, não vejo o sol nascer
Os olhos não querem enxergar, pois uma hora se cansam
O corpo está denso, não se aguenta
Até a próxima linha ingrata guiada por pensamentos bagunçados me encontrar novamente. 

22 de novembro de 2011

Fraco, mas não morto

Eu só queria ser feliz
Eu só queria boas histórias
Eu só queria inspiração 
Eu só queria você ao meu lado
Eu só queria um sorriso
Encontrei lágrimas, tristeza e solidão. 
O que vai agora, um dia volta 
Sempre volta. 
Fraco, mas não morto.