29 de maio de 2011

Sobre a última festa

Tantos rostos em um só lugar e eu só queria o seu. Essa foi a sensação daquela festa. Quando entrei, percebi que não sabia o que estava fazendo lá. Não tomei uma gota de álcool, e isso é um grande feito para a minha vida boêmia.
Tentei dançar, mas não consegui. Tentei falar, mas nada disse. Falar o que? Dançar com quem?
Sentei no lugar mais próximo e lá permaneci até as 5h10. Não era drama, não era passageiro. Via tanta gente, buscava seu sorriso em outras feições. Mas você não estava lá. E a falta fez falta.
Lembro que chegaram a me oferecer uma cerveja ou algo do tipo. Não quis. Lembro que chegaram a me oferecer um beijo, mas que graça tem beijar uma boca se não a sua?
É, parece que dessa vez o sábado não estava para as conhecidas maldades que tanto aprontava durante as madrugadas frias de maio. O desejo é um só: ter você ao meu lado.
De que adianta estar em um lugar desejando estar em outro? Parece tolice, mas serviu de lição. Próxima festa? Só se for com você ao meu lado.
E como você conseguiu mudar meu jeito de pensar em tão pouco tempo? Essa, creio eu, nem a própria psicologia conhecida pela sua subjetividade nas palavras consegue responder. Só sei que foi assim. E parece que vai continuar sendo por um bom tempo. 

23 de maio de 2011

Sobre o destino e coisas do gênero

Uma semana atrás era copo vazio
Ligado no automático
Sentindo os passos dominando o andar


Destino acontece
Sem perceber
Sem querer
Sem proceder


Novidade desejada
Misteriosamente esperada
Milagrosamente aceitada
Devidamente compartilhada


E, mais uma vez, aguardo o destino
Soprando bons ventos
E despertando o lirismo
Enrustido nas palavras


Aguardo, aguardo, aguardo...