Linhas ingratas que guiam pensamentos bagunçados
A madrugada inspira o eu-lírico
Eu não devia estar aqui, mas não consigo não estar
"Não" é negação, mas também pode ser simplesmente um orgulho bobo
Que muitas vezes incomoda uns e outros
Viajo a um paraíso com a incerteza de retorno
Vou, fico, não durmo, não acordo.
Não vivo, não sinto, não cheiro, não quero.
Não vejo, não olho, não ouço nem escuto.
Abstraio-me subjetivamente calada
O pensamento já não é mais o mesmo
Os versos diminuem
As palavras também
Silêncio, é tudo o que preciso.
Acordo. Olho ao meu redor.
Tum-tum-tum-tum
O que é isso?
- Um coração disparado querendo viver
"Oh, céus, deixe-o sair!"
Vá viver, coração. Saia, inspire-se, mas volte
Volte, pois preciso de você dentro de mim.
Dentro deste corpo que só sente quando você pulsa
Tum-tum-tum-tum
Madrugada a dentro, não vejo o sol nascer
Os olhos não querem enxergar, pois uma hora se cansam
O corpo está denso, não se aguenta
Até a próxima linha ingrata guiada por pensamentos bagunçados me encontrar novamente.
Um comentário:
Sua mente inquieta também é bem interessante além dos 140 caracteres do Twitter.
Gostei do espaço.
E com o perdão da rima, um abraço.
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